acma1953

 
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Reciprocidades

Li um artigo de Pamela Camocardi, professora, psicóloga e escritora que vão ao encontro de muitos dos meus pensamentos. A reciprocidade na vida reflecte se em todos os actos e vivências que temos. E o amor, obviamente é parte fulcral e preponderante. Partilho com todos. 

O conselho é clichê, mas é uma das maiores verdades que há: 

Não existe amor sem reciprocidade. 

Você pode ler todos os artigos sobre “como conquistar alguém”, pode ser a pessoa mais encantadora do mundo e pode ter viajado o mundo todo, mas não serão essas as atitudes que farão alguém gostar de você. E o motivo é simples: as pessoas são livres para amarem quem quiserem.

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Por comodismo ou medo, as pessoas permanecem em relacionamentos frios e predestinados a fracassar. Insistem até o último momento porque o rótulo de “relacionamento sério” é o que mais importa. A sociedade está acostumada a um amor de novelas, aos turbilhões de sentimentos e ao frio na barriga na escala "fahrenheit". Dão mais valor ao “eu te amo” do que as atitudes que comprovem a frase.

A verdade é que as pessoas deixam se iludir por situações conveniente a elas. Acreditam no “não ligou porque perdeu meu telefone” ou “é só medo de se entregar”, porque acreditam ser menos doloroso do que enfrentar a realidade.

Algumas pessoas, simplesmente, não valem o esforço. Não valem as noites mal dormidas, os encontros cancelados, nem as indirectas no facebook. Quando há interesse é quase automático o ato de “fazer acontecer”. Quem quer, dá um jeito de ter. Quem se importa, volta para se desculpar. Quem ama demonstra.

Então, meça suas acções e verifique se a oferta não está maior que a procura. Não insista quando perceber que você não é prioridade, nem arrume desculpas para o desinteresse alheio. Há pessoas que simplesmente não valem a música que você dedicou a ela.

Pamela Camocardi

Há uns dias li um texto do Carpinejar que me fez reflectir sobre isto: “A indiferença é uma doença muito mais grave. Alguém que não está aí para o que faz ou não faz, para onde vai e quando volta. De solidão, chega a do ventre que durou nove meses.”

Seja recíproco: dê o que espera receber dos outros, mas não insista no que não é dado de forma espontânea. Algumas coisas não valem o esforço que fazemos.

Este texto será o meu último pelos tempos mais próximos, aliás muitos de vós até já se acostumaram às minhas longas ausências. Não sei quando regresso.

Abraços e beijos a todos e todas que fazem ainda o favor de me ler. O meu obrigado.

Até um dia desses, em algum lugar desse Mundo, por vezes parece tão pequeno por termos quem amamos e gostamos na porta do lado. É isso que ainda nos alimenta e faz seguir em frente.

E peço desculpa, a alguém especial, tão especial pela forma abrupta e seca como um dia saí de cena. Sem aquela palavra mais importante: amo-te.

https://www.youtube.com/watch?v=gtyPoIFYGlc