Como é saudável viver um amor sem medo, sem cobranças, sem jogos de desinteresse e sem insistência para o outro ficar. Como é bom ver o outro nos escolher todos os dias, mesmo a gente não merecendo, às vezes… como é bonito a serenidade de um amor tranquilo.Quando somos mais jovens, amamos sofrer. Amamos a angústia, a dor, os vai e vens da vida. É engraçado como nos deliciamos com essas histórias que parecem aquelas que vemos na TV. Não sei se é ingenuidade ou falta de vivência. A verdade é que demoramos para perceber a beleza de um amor sadio, a beleza da tranquilidade, do abraço sincero e da paz. De um relacionamento sem brigas, sem discussões desnecessárias e que faz a gente ter a certeza de que o outro sempre estará lá por nós. Uma certeza boa daquelas que faz a gente sentir que ganhou na loteria.Demoramos muito para ver a beleza da transparência, da afinidade e de alguém que seja nosso porto seguro. Descarto assim os amores egoístas cheios de “eu” e pouco de “nós”. Amores rasos de pessoas vazias que tentam encher a si mesmo esvaziando ao outro. Isso dói, machuca. E a gente, por ingenuidade ou por falta de vivência, acaba aceitando doar, mesmo sem receber. Acaba aceitando se esvaziar e permanecer na “mornidão”de um amor raso, imaturo.É uma pena levar tanto tempo para assumir para nós mesmos que não aceitamos mais qualquer coisa. Qualquer abraço, qualquer beijo, qualquer afeto e qualquer relacionamento.
Último juego